A métrica mais granular usada para medir riscos é o PSR: probabilidade x severidade x relevância. Essa métrica leva em conta a probabilidade de que as vulnerabilidades identificadas sejam exploradas, a severidade do impacto causado caso isso ocorra e a relevância do ativo em questão para a organização.
Probabilidade: a probabilidade (P) estima a probabilidade de que ocorra um evento.
"P" é pontuado de 1 a 5:
Probabilidade |
Possibilidade de ocorrência do risco |
5 – Muito Alta |
É praticamente uma certeza (P > 95%) |
4 – Alta |
É muito provável (65% < P ≤ 95%) |
3 – Média |
É provável (35% < P ≤ 65%) |
2 – Baixa |
Não é muito provável (5% < P ≤ 35%) |
1 – Muito Baixa |
É pouco provável (P ≤ 5%) |
Para estimar a probabilidade, um ou mais fatores que podem influenciar nos valores devem ser considerados. São eles:
• O conhecimento necessário para explorar a vulnerabilidade (em geral, quanto mais conhecimento, mais alta é a probabilidade). Por exemplo, o entendimento das falhas internas da organização ou de seus relacionamentos com terceiros.
• Os recursos técnicos necessários para a sua exploração (em geral, quanto menos recursos necessários, mais alta é a probabilidade).
• O tempo necessário para exploração (em geral, quanto menor o tempo necessário, mais alta é a probabilidade).
• O nível de proteção de um ativo através de outros controles (geralmente existentes) (em geral, quanto mais baixa é a proteção, mais alta é a probabilidade).
• A atratividade do alvo (em geral, quanto mais atrativo, mais alta é a probabilidade).
• As repercussões para o agente se detectado (em geral, quanto mais baixas as consequências, mais alta é a probabilidade).
• As circunstâncias temporais, políticas, culturais, etc. (que podem aumentar ou diminuir a probabilidade).
• Outros fatores específicos do ambiente (que podem aumentar ou diminuir a probabilidade).
Severidade: a severidade (S) pontua o nível do impacto na organização caso ocorra o risco previsto. Isso significa que, se o incidente ocorrer, a severidade vai pontuar o grau de comprometimento do desempenho, da confiabilidade ou da qualidade dos ativos.
"S" é pontuado de 1 a 5:
Severidade |
A ocorrência do risco causará |
5 – Muito Alta |
Comprometimento total |
4 – Alta |
Comprometimento muito severo |
3 – Média |
Comprometimento severo |
2 – Baixa |
Comprometimento menos severo |
1 - Muito Baixa |
Praticamente não haverá comprometimento |
Para estimar a severidade, uma combinação de um ou mais fatores, apresentados abaixo, deve ser considerada que poderá influenciar esse valor:
• Grau de comprometimento do desempenho dos ativos. Por exemplo, produtividade dos processos, serviços ou equipamentos.
• Grau de comprometimento da confiabilidade dos resultados ou informação dos processos, bem como o sistema ou os ambientes suportados pelo ativo. Por exemplo, modificação inadequada de uma informação localizada (menos severa) ou de um sistema ou um ambiente inteiro (mais severo).
• Grau de comprometimento da qualidade dos serviços, informações, sistemas ou afins. Por exemplo, a não utilização de um pequeno conjunto de informações ou parte do sistema ou do ambiente (menos severa) ou a rejeição de todo o sistema ou ambiente (mais severa).
Relevância: a relevância (R) pontua o nível de importância que o ativo tem para a organização levando em consideração os componentes de negócio que ele suporta.
"R" é pontuado de 1 a 5:
Relevância |
Comprometimento do ativo: |
5 – Muito Alta |
Poderá afetar toda a organização e as perdas serão extremante altas |
4 – Alta |
Poderá afetar um ou mais negócios da organização e as perdas serão graves |
3 – Média |
Poderá afetar parte dos negócios da organização e as perdas serão consideráveis |
2 – Baixa |
Poderá afetar uma parte pequena e localizada da organização e as perdas serão baixas |
1 – Muito Baixa |
Poderá afetar uma parte muito pequena e localizada da organização e as perdas serão mínimas |
Depois de definir o P, o S e o R de um ativo, o risco associado a ele pode ser calculado multiplicando-se os valores de cada um desses três termos (veja abaixo).
Ao adotar a fórmula acima, o resultado encontrado estará sempre na faixa entre 1 e 125 (ver tabela abaixo).
Nível de Risco |
Valores possíveis do PSR |
Muito Baixo |
1, 2, 3, 4, 5, 6 |
Baixo |
8, 9, 10, 12, 15, 16 |
Médio |
18, 20, 24, 25, 27, 30 |
Alto |
32, 36, 40, 45, 48, 50 |
Muito Alto |
60, 64, 75, 80, 100, 125 |
Para o propósito de calcular riscos, um controle de um questionário de riscos tem somente três possíveis situações: Implementado, Não Implementado ou Não Aplicável (controles cuja situação é Não Respondido tornam-se Não Aplicável quando a análise é fechada). O PSR poderá então ser consolidado para os controles da seguinte maneira:
• PSR identificado de determinado objeto: soma do PSR dos controles não implementados para o objeto.
• PSR controlado de determinado objeto: soma do PSR dos controles implementados para o objeto.
• PSR não aplicável de determinado objeto: soma do PSR dos controles não aplicáveis para o objeto.